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quarta-feira, 16 de março de 2016

A tempo de cantar

( sem pausa ) Não sei se sabem, mas sou filho de sanfoneiro. Minha família tem bailarina, DJ, pianistas, musicoterapeuta, violinistas,...

Nesse turbilhão, aprendi música à partir de 1986. Ou pelo menos o suficiente para dar os outros passos.

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Primeiro ato. O ano? 2011.

Eu estava no meio de um tratamento de saúde para curar a Hepatite C. Tinha restrições a ser seguidas, como subir e descer escadas, correr, levantar peso,... Foi nessa maré baixa que eu entrei no Coral da Igreja Metodista do Rudge Ramos. "Estamos precisando de vozes para um grande coro", chamava Francisco Henrique Soares.

Mas cantar exige esforço. 

Só depois de duas semanas em que cantei, em maio de 2012, na cerimônia do Coração Aquecido ( pesquise John Wesley, caso interesse ), é que voltei ao médico e avisei dessa empreitada a ele, em tom de confessionário.

"Não largue esse Coral por nada. Música faz bem à saúde."

Ufa.

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Segundo ato. Entre 2013 e 2014.

Curado da Hepatite ( dá um capítulo à parte ), comecei a conhecer, através do Coral da Metodista, outros grupos. Ekos Coral ( Marcus Vinicius Epprecht, cadê você? ), grupo vocal de final de ano da faculdade onde trabalho, aniversário da Igreja cantando com o pessoal da Fundação das Artes de São Caetano ( onde conheci a tenôra Débora Sudré Pinhata - outro capítulo à parte - entre outras pessoas ),... 

A música pulsa e vibra em forma de voz.

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Terceiro ato. Meados de 2014 até o final de 2015.

Uma intersecção no tempo. 

Não me lembro, exatamente, como conheci o Coral A Tempo. Certamente foi numa apresentação de Natal na Igreja. Talvez final de 2013. 

Parece outra música. Extrapolava. Um regente,Walter Chamun que agia com o coro, fazendo-o seguir. Um tecladista/pianista/organista Jorge Zacharias, de outro mundo.

Tudo era de outro mundo.

Acompanhei, da plateia, umas quatro ou cinco apresentações. A penúltima, na Catedral da Sé, em São Paulo. 

A última, no final do ano passado, na Igreja Metodista de Santo André. Minha esposa estava comigo. Mesmo com toda a vivência com música religiosa, confesso que chorei. E cantei, mesmo do banco. 

"Meu lugar é ali.", eu disse para a minha esposa, apontando para o Coro. Eu já conhecia algumas pessoas do coro e procurei pelo Rogerio Silva eSilas Silva, na hora. "Teremos ensaio à partir de 20 de janeiro, em São Paulo."

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Quarto ato. Janeiro de 2016 a, especificamente, 12 de março de 2016.

Coral A Tempo, durante cantata de Páscoa
"Pela manhã vem a Alegria", no CEIPRAMOS

A foto diz tudo. Primeira apresentação do Coral A Tempo na temporada. E eu, à caráter, no fundão. Primeiro tenor.

Vamos em frente. Temos mais o que fazer e aprender.

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