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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Linkin Park

( ...os sonhos não envelhecem ) Eis que me deparo, hoje de manhã, com uma sequência de postagens no Facebook da minha sobrinha sobre o show do Linkin Park, formada em 1996 nos Estados Unidos. Pelo depoimento, foi uma das primeiras músicas-chiclete-não-infantil-internacional que grudou na cabeça dessa moça de 19 anos, hoje.

Em 1996, ela estava com 3 anos de idade e via Arnaldo Antunes lavando a mão no Castelo.

Independente a banda, a música, a época, a idade. Luna Engelmann descreve ( muito bem ) o que é ter um sonho de infância realizado.

(...)

Há 9 anos atrás eu era uma criança. Uma criança que se encontrava iniciando uma nova fase, de o que chamamos de pré-adolescência, fase essa em que passamos a fazer novas coisas e a abandonar antigos hábitos. 


Uma das primeiras novas coisas que passei a fazer assim que atingi essa fase foi desenvolver um interesse por música, que persiste até hoje. Uma vez interessada por música, recorri à maior fonte musical que os jovens tinham na época, a MTV. 



A grade do canal, contava com um programa, apresentado pela Didi Wagner, que até onde me lembro, se chamava DiskMTV, e que passava os 10 clipes mais votados, pelos espectadores. 


Luna Engelmann, fâ incondicional de esmaltes e K-Pop. E Linkin Park.


Foi assistindo à um programa desses em que assisti uma performance de uma banda até então desconhecida (na verdade não conhecia praticamente nenhuma banda até então), mas que eu havia achado bem legal de começo, principalmente pelo cara que cantava ter os braços com tatuagens de fogo e uma garganta de ferro, além do cara que aparecia no palco com luvas de Hulk, o que eu achava muito engraçado.

Os dias iam passando e meu interesse ia apenas aumentando, até que eu me vi assistindo ao programa única e exclusivamente para ver aquele clipe.

E então, me encontrei na seguinte situação: Estou amando esse clipe e nem ao menos sei de quem é. Missão dada à mim mesma? Descobrir quem era a banda da música que eu tanto gostava.

Eu não sabia absolutamente nada de inglês, muito menos sabia mexer na internet, que naquela época, não tinha em casa. Então, até saber que o nome da banda em que tinha uma música em que eu tanto havia, foi uma luta. 

Uma vez com o nome decoradinho, foi só alegria correr para procurar outras músicas, para saber quem eram as pessoas que tocavam nessa banda e decorar as letras, mesmo sem entender nada do que falavam. 

Ao passar dos anos, fui crescendo e acompanhando, crescendo e acompanhando, juntando cada moedinha que achava no chão, voltando da escola e cada troco de padaria que ganhava da minha avó para comprar os cds. Dentro desse tempo, vi a banda passar pelo Brasil algumas vezes, sem poder ir por questão de idade principalmente. 

Luna e Paulinho Pires

Ontem, seria mais uma vez em que veria minha banda favorita passar pelo meu país, sem ao menos ver se eram de verdade ou não (mas por algo que creio que tenha sido Deus, pois só ele para interferir e mudar o curso das coisas dessa forma.), porém não foi assim. 

O show seria ontem, às 20h30, e eu já estava inconformada que por mais uma vez, ficaria sem ver e sem ouvir as músicas que me acompanharam em todas a minha adolescência.

Eis que ontem, às exatas 15h22 meu celular toca, com a melhor notícia em que eu poderia receber: Eu iria, depois de nove anos, realizar meu sonho de criança. Eu iria ver de perto, poder ouvir, poder gritar, poder cantar junto, e sentir toda a vibração da banda em que amava desde que me entendia por gente. 

Obrigada à menina que cedeu um ingresso a mais sem querer. Obrigada ao cara que trampava no evento (Leandro o nome dele, né?), e que deu os ingressos ao Caio. Obrigada ao Caio por ceder o ingresso que estava sobrando ao Paulinho, deixando ele escolher o acompanhante. Obrigada aos meus pais por não hesitarem em me deixar ir. E obrigada principalmente à você, Paulinho Pires, por ter realizado meu sonho. Eu realmente te devo essa, e realmente não faço a mínima ideia de como agradecer e de como retribuir esse puta presente, que sem sombra de dúvida foi inesquecível. Meu sincero muito obrigada! ♥

Mike Shinoda, integrante do Linkin Park,
durante o show em São Paulo
Linkin Park - Arena Anhembi - 07 de outubro de 2012. Sem dúvida o melhor dia da minha vida.


(...)


Que fique, pois, a lição de não parar com os sonhos. Quando um sonho se realiza, o espaço na prateleira fica vago para outro sonho.

Um comentário:

  1. Eu estava lá e realizei dois sonhos de uma vez...assistir Linkin Park, claro e Charlie Brow Jr numa mesma noite!!! Noite boa??? Encantadoraaa!!! ...agora estante vaga para outros sonhos...adorei o post!!!

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