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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Impeachment, 20.

( e o cabra continua aí... ) Há vinte anos, eu estava em outra esperança. Havia a promessa de que os computadores estariam invadindo o corriqueiro pessoal. Talves por isso, e acreditando gostar disso, eu fazia Informática Industrial na ETE Jorge Street, do outro lado de São Caetano. Meu vô Valter estava bem ruinzinho com Alzheimer ( morreria no início de outubro de 1992 ) e meu pai tinha acabado de falecer.


Há vinte anos, um certo Fernando Collor de Melo, então presidente da República, o primeiro escolhido através de Eleição direta, votação popular, depois de anos de Ditadura, entrava em rede nacional: "Não me abandone, meu povo. Vamos pintar as cores do Brasil durante a votação!" Collor se referia à votação do impedimento de seu mandato, acusado de corrupção, que ocorreria num 29 de setembro daquele ano.


A votação aconteceu numa terça-feira. As escolas liberaram os alunos mais cedo. Milhares se reuniram nas ruas, com as caras pintadas mas vestidos de preto, numa clara manifestação contra Collor.

Eu acompanhei a votação de casa.


O que me chamou a atenção, no dia, foi a reação de alguns deputados ao ouvirem a votação de outros colegas, antes a favor de Collor. Como o número de votos já assegurava o afastamento do Presidente, eles mudaram o voto. "Agora?", gritavam os que eram a favor do Impeachment.

( ATUALIZAÇÃO ) - A Rádio Estadão ESPN está apresentando nessa semana uma série de reportagens que lembra o período do Impeachment, com a repórter Camila Tchulinsky. Aqui, a primeira parte, e aqui, a segunda reportagem.

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