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sexta-feira, 25 de março de 2011

Bola de meia, bola de gude


Há um menino
Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto balança
Ele vem pra me dar a mão
Há um passado no meu presente
Um sol bem quente lá no meu quintal
Toda vez que a bruxa me assombra
O menino me dá a mão
E me fala de coisas bonitas
Que eu acredito
Que não deixarão de existir
Amizade, palavra, respeito
Caráter, bondade alegria e amor
Pois não posso
Não devo
Não quero
Viver como toda essa gente
Insiste em viver
E não posso aceitar sossegado
Qualquer sacanagem ser coisa normal
Bola de meia, bola de gude
O solidário não quer solidão
Toda vez que a tristeza me alcança
O menino me dá a mão
Há um menino
Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto fraqueja
Ele vem pra me dar a mão

Ainda (per)seguindo essa linha mineira que o bicho insiste em picar, selecionei um som que extrapolaria toda e qualquer composição "quase caipira", como citei aí embaixo, e indo ao encontro do que o Malu falou: a influência de rock progressivo. Incrível, mas é isso: o rock progressivo influenciou, sim, o Clube da Esquina. Aí entram o próprio Som Imaginário, Moto Perpétuo ( com Guilherme Arantes se arranjando nos teclados ), Os Mutantes com o incrível Jardim Elétrico entre outras, e de influências externas, como o hour-concour Pink Floyd, além de Premiatta Forneria Marconi e outros.


Um exemplo no próprio Jardim Elétrico e a composição de Milton Nascimento que vemos ao lado é a presença fortíssima de bateria. No caso mineiro, há, além do baterista, mais dois percussionistas, assobios e... violão.

Portanto, o Clube da Esquina tem uma influência psicodélica anterior à fase piscodélica do quarteto de Liverpool.

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