A hora e a vez do Jornalismo Cultural, entre outras pechinchas.

domingo, 25 de setembro de 2011

Um presente

Sou fã de Fórmula 1.

Já fui mais. Cheguei a matar missa pra ver, pelo menos, o início da corrida. Explico: fiz catecismo e a missa era aos domingos às 8h30. Acordo de madrugada - hoje nem tanto mais - pra ver corridas da Austrália e do Japão.


Mas não é exatamente esse o caso. Dia 25 de setembro ( hoje! ) é o Dia do Rádio, e ouvindo a transmissão da corrida noturna de Cingapura pela Rádio Bandeirantes, com Ulisses Costa, Alessandra Alves, Fabio Seixas e Luis Fernando Ramos, me deparei com uma mensagem enviada ao Twitter da emissora, a qual tento reproduzir aqui o que ouvi do Ulisses:
"Olha, hoje é o dia do Rádio, dia 25 de setembro, e eu acabo de receber um dos maiores presentes que recebi até hoje. Uma mensagem do Twitter, enviada pelo ouvinte Marcelo ( não me lembro o sobrenome ), de Salvador, Bahia. Ele diz que é cego desde os 9 anos de idade e que ouve todas as transmissões da Bandeirantes quando tem Fórmula 1 porque ele consegue 'visualizar' a corrida."
Seguiu-se um silêncio dos locutores. Somente o som dos carros. Certamente emocionados.

Como eu também me senti emocionado. É um grande exemplo esse do Rádio: inclusão de pessoas com deficiência visual. É o que chamam de áudio-descrição, defendido e difundido pela Fundação Dorina Nowill. Confesso não ter tido acesso ainda a um trabalho áudio-descrito. Mas depois dessa mensagem que, sendo radialista também, eu passarei a procurar e a escutar.

Acho difícil algum dos radialistas digitar algo sobre o ouvinte Marcelo em seus blogs. Mas eu o fiz.

2 comentários:

  1. Taí uma face do rádio na qual eu nunca tinha pensado.

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  2. é de fica emocionado mesmo!! eu fiquei mesmo, quando o odinei contou durante a transmissão

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