O termo Flashmob, do inglês, significando algo como mobilização rápida é supreendentemente antigo.
Em manifestações públicas, por exemplo. Flashmob se confunde ao longo do tempo com protesto spúblicos, como o que aconteceu em Bastilha, durante a Revolução Francesa, sequestrando a Família Real e exigindo a participação popular no Poder.
Parece difícil de entender. Mas Flashmob se confunde com multidão e público. Uma multidão se enfurece facilmente e acaba sendo o centro da ação, provocando vandalismo. Público é mais passivo e quando esboça reação, é de forma organizada, não-caótica e, algumas vezes, vira o centro da atenção.
Ao organizar a primeira manifestação com o atual significado, no início da década passada, o jornalista Billl Wasik definiu: "A ideia era de que as próprias pessoas se tornassem o show e que, apenas respondendo a este e-mail aleatório, essas pessoas criassem algo em um mob anônimo e sem liderança." É exatamente isso: em manifestações caóticas, elege-se um líder. Em flashmobs, não há essa figura.
Aliás, Bill Wasik organizou o flashmob na frente de uma loja da rede Claire's Acessories, por e-mail, sem que os destinatários soubessem que era ele. Mas os donos da loja notaram uma movimentação estranha e chamaram a Polícia, que dispersou os "manifestantes".
Em 2003, o mesmo Wasik organizou novamente uma apresentação em frente a uma Macy's, e dessa vez, com a ciência da loja e entregando panfletos há instantes da apresentação, os consumidores eram convidados a participar, ativamente, da apresentação no 9º andar do prédio, sobre a compra do Tapete do Amor.
Imagine-se na seguinte situação abaixo: você está patinando no gelo quando ouve o aviso de que uma máquina irá limpar a pista e você tem que deixar o local.
Flashmob, então, transforma multidão em público. São pessoas que estão na multidão e que viram o centro da atenção no meio da multidão. Não é, então, diferente que uma manifestação da Revolução Francesa.
O que diverge é, justamente, o gênero: são apresentações artísticas, até por vezes beirando a dramaturgia. Uma dessas apresentações mais famosas é a que a companhia aérea holandesa KLM realizou em Portugal:
Na prática, é isso mesmo: pessoas dadas como transeuntes e que na verdade fazem parte de uma apresentação no meio do povo. Surgem do nada e vão embora do nada.
E esse aqui é o site oficial do movimento mundial.
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