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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Dia do Publicitário

Já pra entrar de sola, Sá, Rodrix e Guarabira, um exemplo dos cantores de MPB que fizeram grandes sucessos no meio publicitário:


Duvido que você não tenha batido o pé no chão nem balbuciado o refrão. Duvido.

Outro gigante da MPB que migrou para a Publicidade mas sem se perder no artístico é Guilherme Arantes. E uma de suas músicas de maiores sucessos, Amanhã, foi usada na propaganda do banco Itaú:


"Amanhã", além de ser quase um ícone na MPB, foi regravada por vários artistas, como Caetano Veloso, usada no encerramento do Jornal de Amanhã da Rádio Bandeirantes. Numa apresentação de Guilherme no Bem Brasil da TV Cultura, em 1992, o compositor acusou o então Presidente da República, Fernando Collor de Melo, de usar "Amanhã" na campanha eleitoral sem permissão. Dias depois, teve o mandato cassado, apoiado por uma grande revolução jovem.

Mas enfim. Gulherme Arantes compôs e interpretou o jingle "Corrente Laranja":


Mais um da música que virou jinglista: Renato Teixeira. O caipira compôs um jingle famosíssimo, que, com certeza, você balançará a cabeça e cantará, alto:


Roda, roda, roda, baleiro, atenção:
Quando o baleiro parar, põe a mão
Pega a bala mais gostosa do planeta
E não deixe que a sorte se intrometa
Bala de leite Kids, a melhor bala que há
Bala de leite Kids, quando o baleiro parar...

Foi um período de vacas gordas na publicidade eletrônica brasileira. Produção de jingle, como disse certa vez Archimedes Messina num programa de rádio, envolve uma produção musical intensa, como criação e composição da música, arranjos, orquestras, corais,... Isso, claro, dependendo do dinheiro em caixa disponível e da proposta de criação, duração, quais veículos serão utilizados, público-alvo,... o chamado Briefing.

É o que, por exemplo, o próprio Archimedes fez no jingle do Café Seleto:


O próprio Archimedes Messina foi contratado pela Varig para montar jingles, no mesmo formato do Café Seleto. No mesmo programa, o publicitário contou que viajou pelos cantos do Brasil para conhecer a regionalidade e traduzi-la nas criações.

Aqui, por exemplo, a propaganda da Varig Rio Grande do Sul:


E, direto do You Tube, a propaganda da Varig para o Rio de Janeiro.

Archimedes e Varig se deram tão bem que a empresa aérea encomendou, também, uma campanha citando os países. O clássico da Varig é "A Saga de Urashi Mataro". A Varig chegou, inclusive, a presentear os viajantes da rota Brasil-Japão com um compacto.

Vamos encerrar esse post com dois clássicos da propaganda televisiva. O primeiro, já numa época em que a publicidade começava a viver um período de seca no Rádio e na TV, e que também pouco tempo depois a empresa de Vagner Canhedo foi à falência: Viaje VASP.


Vamos encerrar quase como começamos: no silêncio de um Chevrolet, com Zé Rodrix, um dos últimos jingles criados na decadente indústria cultural publicitária para o Rádio e a TV.

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