John Lennon foi assassinado brutalmente ( como se houvesse algum assassinato sem brutalidade) em 08/12/1980, aos 40 anos, em frente ao Dakota, seu "qg-ap" inscrustrado no coração de Nova York. Lá se vão 30 anos. Ontem eu assisti um documentário muito bem feito sobre as últimas horas de John na Terra, com depoimentos esclarecedores e obviamente emocionados de figuras e amigos que de alguma maneira coagiram com ele nesses momentos cruciais: o jornalista que se acidentou perto do Dakota na mesma noite e viu a equipe médica do hospital tentando ressuscitá-lo na maca; o próprio líder da equipe médica contando detalhes da dramática tentativa de reanimação; o fotógrafo, colega de John, que tirou a derradeira foto dele, autografando um disco para o covarde que o assassinaria horas depois; o radialista, que fez a última entrevista, onde Lennon declara com todas as letras que Paul era um irmão para ele; a emoção de Yoko que no dia fatídico pediu aos chefe do hospital que esperasse um pouco para dar o comunicado oficial de morte, por saber que o filho Sean poderia estar acordado assistindo a TV; o policial que prendeu o fanático enquanto John se esvaía em sangue a poucos passos. O amigo desconfiado de que algo não estava bem em NY e soube da morte por uma comissária, em pleno vôo; a ex-namorada, familiares e os ex-Beatles em Londres, todos recebendo a notícia por telefone.
As tantas baboseiras, lendas e história inconclusas que sopram por aí, como aquela que acusa John de ser arisco e pouco amigável, caem geralmente por terra quando pessoas que realmente conviveram com ele - e não são familiares, mas porteiros, motoristas, fotógrafos, conhecidos, vendedores das redondezas - contam um pouco sobre o acessível, empolgado e instigante John Lennon. E todos o viram feliz e bem humorado naquelas últimas horas. Justamente por ser tão "acessível", próximo das pessoas e gostar de andar a pé e táxi sem frescuras ou aparatos de segurança, virou alvo fácil para levar três tiros à queima-roupa. Faleceu no coração da cidade que mais amava no mundo, a mesma que tentou deportá-lo por muitas vezes mas que teve de aceitá-lo na marra. John era marrento como todo bom músico inglês. Morreu abruptamente para viver para sempre nas mentes e corações das gerações futuras.
Para fugir um pouco das cenas mais óbvias, uma cena rara: John com o grupo The Dirty Mac ( John Lennon, Keith Richards, Eric Clapton, Mitch Mitchell), montado especialmente para o programa 'Rock and Roll Circus', dos Rollings Stones, em 1968 ( que nunca foi ao ar).
E pra quem tiver TV a cabo em casa, o canal GNT está transmitindo a Semana John Lennon.
No Brasil, Beto Guedes compôs, em parceria com Ronaldo Bastos, a "Canção do Novo Mundo", quando citam nas entrelinhas a morte de Lennon. A música foi cantada por vários artistas do movimento Clube da Esquina, como na interpretação do Milton Nascimento:
No Brasil, Beto Guedes compôs, em parceria com Ronaldo Bastos, a "Canção do Novo Mundo", quando citam nas entrelinhas a morte de Lennon. A música foi cantada por vários artistas do movimento Clube da Esquina, como na interpretação do Milton Nascimento:
Quem souber dizer a exata explicação
Me diz como pode acontecer
Um simples canalha mata um rei
Em menos de um segundo
Oh! Minha estrela amiga
Porque você não fez a bala parar?
Me diz como pode acontecer
Um simples canalha mata um rei
Em menos de um segundo
Oh! Minha estrela amiga
Porque você não fez a bala parar?
(Redação e idéia original: Marcos Malu Massolini
Pesquisa de imagens e vídeo: Marcos Malu Massolini e Léo Engelmann
Pesquisa de áudio e internet: Léo Engelmann
Intervenções Tecno-estéticas: Léo Engelmann
Emanações energéticas positivas: Rick Berlitz)
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