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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Mubarak, Collor e Vargas

Todo esse alvoroço, diria até mundial, pela força da população egípcia por derrubar um ditador, no poder há mais de 30 anos.

Fonte: Wikipedia
A diferença é que toda a manifestação foi organizada via Internet. Quando o governo egípcio percebeu, desligou os sinais de Internet e celular do país. Países vizinhos viraram suas antenas para o Egito pra tentar ajudar na comunicação daquele país, já que havia estrangeiros por lá.

Mas esse apagão digital egípcio não serviu de nada. Foram 18 dias de protestos violentos, até que Hosni Mubarak renunciou. 

Toda essa passagem foi motivada pela mesma situação na Tunísia, há dias, quando o povo também derrubou o ditador que comandava havia 23 anos.

Mas isso não é novidade. No Brasil, inclusive.
Fonte: Folha de SP

Em 1992, o Congresso Nacional votou o pedido de Impeachment ao presidente Fernando Collor de Melo. Na noite anterior, Collor pediu ao povo vestir o verde e amarelo e que pintasse no rosto as cores do Brasil.

Poético. Mas deu tudo errado. O dia no Brasil amanheceu negro. O povo brasileiro, sobretudo jovens, vestiu-se de preto e pintou seus rostos de preto. É a geração cara-pintada.

O Congresso aprovou o Impeachment.

Em 1945, com o término da 2ª Guerra Mundial e retorno dos vitoriosos Pracinhas da Força Expedicionária Brasileira, o povo acordou para uma realidade. O ditador Getúlio Vargas, há 15 anos no poder, apoiou o Exército Brasileiro a derrubar outros ditadores: Hitler e Mussolini.


Alguns dias depois, mesmo antes daquele ano terminar, Vargas foi deposto e uma Junta Militar passou a cuidar do Brasil até que um novo presidente tomasse posse do cargo.



"A Paz não brota da ausência de conflitos, 
mas da disposição de enfrentá-los."
( autor desconhecido )


Me lembro de uma professora de Educação Artística que dizia: "A Arte vive em ciclos. a geração atual sempre vai negar a passada, e a próxima, negará a atual". Assim funciona entre pais, filhos e netos. Assim funciona na política.

A queda de Mubarak abre caminho à democracia  árabe, repleta de ditaduras e reinados. E isso, diga-se de passagem, é perigoso.

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