Há décadas atrás, com o trânsito livre, podíamos avistar nitidamente se o carro lá na frente era um DKW, um Opala ou qualquer outro modelo da época, mesmo estando longe dele uns 300 metros ou mais. Hoje em dia, com poucas exceções, só temos a certeza mesmo do modelo quando chegamos perto. São muitas marcas, vários importados, e os carros, de modo geral, estão muito iguais. Outra mudança é que naquela época o carro se transformava em membro da família, permanecendo com o dono anos a fio. Hoje, troca-se de carro como troca-se de celular. As relações ficaram mais frias e com o automóvel não foi diferente. O brasileiro ama carro ainda, claro, mas seu amor é mais volúvel. Um exemplo concreto da fraternal relação de outros tempos são os apelidos. Eles pegavam pra valer e não vinham apenas dos donos, mas do povo na rua e até daqueles que sonhavam um dia ter o seu carrinho próprio.
Entre os apelidos mais usuais, lembrei destes:
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Fusca (em anúncio de 1968): Fusquinha, Fuca Bala, Fuqueta ( nos anos 70 , Fuscão) |
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Opala ( em anúncio de 1969): Opalão |
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Maverick ( anúncio de 1975): Maveroso, Mavecão
Fiat 147 ( em 1978) - Fiola
Kombi ( 1970): Kombosa |
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Brasília (em 1975): Brasoca, Brasa |
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