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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Gritaria.

Ópera: ame-a ou deixe-a.

Mario Lanza, um dos inúmeros intérpretes de Granada

A não ser que seja em mim, não existe um meio-termo entre gostar e não gostar de ópera. Os que não gostam, é, justamente pela gritaria realizada pelos cantores. Os que gostam, pelo conjunto da obra: voz, outras vozes e orquestra, embora haja algumas versões minimalistas mas belas.


Granada, tierra soñada por mí
Mi cantar se vuelve gitano cuando es para tí
Mi cantar, hecho de fantasía,
Mi cantar, flor de melancolía
Que yo te vengo a dar.
Granada, tierra ensangrentada en tardes de toros;
Mujer que conserva el embrujo de los ojos moros,
Te sueño de verde y gitana, cubierta de flores
Y beso tu boca temprana con uso mundano
Que me habla de amores
Granada, Manola cantada en coplas preciosas
No tengo otra cosa que darte que un ramo de rosas
De rosas de suave fragancia
Que le dieron marco a la virgen morena
Granada, tu tierra está llena
De lindas mujeres, de sangre y de sol.

Talvez uma das mais ovacionadas e bisadas é essa aí de cima: Granada, de um certo Joselito. A música faz menção à cidade espanhola homônima, muito conhecida pelas toureadas. A cidade fica ao sul da península ibérica, distante 220 Km a leste do Estreito de Gibraltar e a 360 Km ao sul da capital espanhola Madrid.

Há outras interpretações para Granada, como nessa, do grupo The Ten Tenors, grupo formado por dez homens cantando, além de óperas, adaptações e reduções para, na verdade, divulgar a marca de microfones Senheiser.


Nem todos os que cantam nesse grupo são tenores, pelo timbre de voz de alguns que solam, e, principalmente, pela distância que cantam do microfone. Voz de tenor é poderosíssima e se não houver um bom equipamento acompanhando a voz, não se ouve a harmonia.

Aliás, tenor vem do latim tener, que significa sustentar, e é do espectro agudo da voz masculina: enquanto o tenor mantém a nota aguda por mais tempo, os outros timbres passeiam na harmonia. Mas ainda há uma lista de subdivisões dentro da característica tenor. Ou seja, qualquer um pode cantar ópera.

Pernalonga tem uma passagem homérica usando e abusando do comando de maestro ao reger um tenor.

Numa outra oportunidade, falarei aqui de Voca People, Perpetuum Jazzile, Waldemar Malicki, Filharmonia Dowcipu,...

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